Novembro, 02
De
manha, quando nos dirigíamos para a rua das lojas, ele ia ao meu lado, mesmo
próximos um do outro como costumamos estar sempre em qualquer que seja o lugar.
O nosso grupo estava a falar do teste de português que tinha corrido
extremamente bem, e a tentarmo-nos corrigir uns aos outros no que toca as
respostas que cada um deu, até que… Epah não sei, o meu coração de repente
parou e deixei de ouvir tudo o que estavam a dizer, asserio sem exagerar, estou
a ser sincera. Ele tinha-se aproximado mais e mais de mim, até que … eu senti a
mão dele, estava quente, derreteu a minha que estava gelada. Mão entre mão.
Sabes, como normalmente os casalinhos andam?! Mas nós nem somos um casal. Ai
mãe, que aflição, que vergonha, que alegria. Eu não sabia o que dizer, ou o que
fazer… Mas deixei-me levar, continuamos de mão dada o resto do caminho.
Decidimos parar para comermos algo, afinal uma grande caminhada dá sempre fome.
Fomos a um café, comemos, rimos, e pagámos como é obvio. Quando saímos, ele
voltou a agarrar na minha mão e disse “agora já estás mais quentinha princesa”
e eu parva apenas consegui sorrir. Continuamos a descer e a descer ruas, até
que nos lembramos que descer é fácil, subir já se torna complicado… Bem dito,
bem feito… Aiiii que canseira, nem a metade do caminho estávamos, e já era um
cansaço tao grande.. o pior é que estávamos todos gelados, o chão estava
escorregadio devido a chuva e nós íamos apanhar uma molha bem grande se não nos
despachássemos. Uns caiam, outros apenas escorregavam, e claro que nos riamos
da desgraça dos outros, porque verdade seja dita, ver pessoas a cair de cu tem
a sua piada. No meio destas aventuras aconteceu uma coisa tao fofinha. Ele
agarrou-me, abraçou-me bem apertadinho e disse “estás fria de novo.” E eu
respondi “normal. Estou com frio”. Ele olhou para mim, sorriu, tirou o seu casaco e meteu-o à minha volta
dizendo “ veste-o” . Obvio que não podia aceitar, ele tava de t-shirt ia logo
ripar frio e disse-lhe para ele o vestir senão constipava-se. Mas ele é tao
teimoso e “obrigou-me” a vesti-lo pois se não aceita-se, nunca mais falava
comigo. Pronto eu vesti, e continuamos o resto do caminho de mão dada. Claro
que o grupo tinha de mandar os seus argumentos e pevitar sobre o via e o que
parecia ver. Mas são tao imaginativos, que não sei como é que tiram notas tao
baixas nos textos escritos. Adorei o dia, adorei a companhia e adorei ainda
mais a parte de nenhum de nós ter caído (: .
É um texto criativo (: