sábado, 3 de novembro de 2012

pagina de um diário



Novembro, 02
                De manha, quando nos dirigíamos para a rua das lojas, ele ia ao meu lado, mesmo próximos um do outro como costumamos estar sempre em qualquer que seja o lugar. O nosso grupo estava a falar do teste de português que tinha corrido extremamente bem, e a tentarmo-nos corrigir uns aos outros no que toca as respostas que cada um deu, até que… Epah não sei, o meu coração de repente parou e deixei de ouvir tudo o que estavam a dizer, asserio sem exagerar, estou a ser sincera. Ele tinha-se aproximado mais e mais de mim, até que … eu senti a mão dele, estava quente, derreteu a minha que estava gelada. Mão entre mão. Sabes, como normalmente os casalinhos andam?! Mas nós nem somos um casal. Ai mãe, que aflição, que vergonha, que alegria. Eu não sabia o que dizer, ou o que fazer… Mas deixei-me levar, continuamos de mão dada o resto do caminho. Decidimos parar para comermos algo, afinal uma grande caminhada dá sempre fome. Fomos a um café, comemos, rimos, e pagámos como é obvio. Quando saímos, ele voltou a agarrar na minha mão e disse “agora já estás mais quentinha princesa” e eu parva apenas consegui sorrir. Continuamos a descer e a descer ruas, até que nos lembramos que descer é fácil, subir já se torna complicado… Bem dito, bem feito… Aiiii que canseira, nem a metade do caminho estávamos, e já era um cansaço tao grande.. o pior é que estávamos todos gelados, o chão estava escorregadio devido a chuva e nós íamos apanhar uma molha bem grande se não nos despachássemos. Uns caiam, outros apenas escorregavam, e claro que nos riamos da desgraça dos outros, porque verdade seja dita, ver pessoas a cair de cu tem a sua piada. No meio destas aventuras aconteceu uma coisa tao fofinha. Ele agarrou-me, abraçou-me bem apertadinho e disse “estás fria de novo.” E eu respondi “normal. Estou com frio”. Ele olhou para mim, sorriu,  tirou o seu casaco e meteu-o à minha volta dizendo “ veste-o” . Obvio que não podia aceitar, ele tava de t-shirt ia logo ripar frio e disse-lhe para ele o vestir senão constipava-se. Mas ele é tao teimoso e “obrigou-me” a vesti-lo pois se não aceita-se, nunca mais falava comigo. Pronto eu vesti, e continuamos o resto do caminho de mão dada. Claro que o grupo tinha de mandar os seus argumentos e pevitar sobre o via e o que parecia ver. Mas são tao imaginativos, que não sei como é que tiram notas tao baixas nos textos escritos. Adorei o dia, adorei a companhia e adorei ainda mais a parte de nenhum de nós ter caído (: .

É um texto criativo (: