Quantas e quantas já te olhaste ao espelho e não te sentiste
verdadeiramente tu? Sentes um frio que arrepia toda a espinha, sentes uma
lágrima que percorre todo o teu rosto baixando a pouca auto estima que pensavas
ter. Quantas vezes te puseste na balança quando te sentias assim? Quantas vezes
te olhaste ao espelho depois de veres uma fotografia daquelas raparigas com um
corpo de fazer inveja? E toda a dor e mágoa que isso causa quando sentes que
por esses e outros motivos não es tu? Quando isso te faz sentir inferior e ainda gostas menos de ti?
Tantas palavras e nenhuma me sai direito. Tudo o que quero
expressar de maneira correta não sai, apenas palavras fictícias para
verdadeiros significados…
Até que certo ponto a nossa mente é capaz de trair? Até que
ponto conseguimos sentir alguém diferente no nosso corpo. Um corpo duma alma
diferente .. Dói tanto, aquela dor que tu não sabes ao certo de onde vem, mas
que dói, dói saber que é grande, dói saber que vem de nós.. Quando existem
misturas, de raiva, dor, tristeza, mágoa, e tu não sabes como a exprimir, em que tudo se
transforma numa nuvem gigante e tu só queres que tudo isso passe. Em que tu
pensas que todos são melhores que tu. Só queres que a dor saia de ti, só queres
ser quem tu és, minutos antes de te veres … Queres sentir-te de novo com
confiança, queres sentir-te feliz, queres sentir que es realmente tu que vez no
espelho. Queres voltar aqueles sorrisos e deixar para lá todas as lágrimas por
saberes que ninguém te compreende. Mas
queres chorar, queres gritar de alivio e de certa maneira acabas por te
tornares em algo que não es, acabas por fazer algo que não queres, mas que no
momento é a tua salvação, a tua única solução, e que nesses segundos te faz
sentir melhor, te alivia a dor.
Para toda a dor existe uma cura. Mas existem dores que não acabam,
e quanto mais “baixa” te sentires, maior ela será. Existem pessoas que se calam, outras que
falam. Eu escrevo, pois só assim são exprimidos de uma certa forma metade do
que se sente.
Desabafos incompreendidos, quebras de confiança, momentos de
tristeza. O que a tua mente pensa, o teu olho vê, o que tu queres ser, nem sempre o és, e o sorriso que sempre mostras, nem sempre é sinonimo de confiança