sábado, 12 de outubro de 2013

Desabafos incompreendidos



Quantas e quantas já te olhaste ao espelho e não te sentiste verdadeiramente tu? Sentes um frio que arrepia toda a espinha, sentes uma lágrima que percorre todo o teu rosto baixando a pouca auto estima que pensavas ter. Quantas vezes te puseste na balança quando te sentias assim? Quantas vezes te olhaste ao espelho depois de veres uma fotografia daquelas raparigas com um corpo de fazer inveja? E toda a dor e mágoa que isso causa quando sentes que por esses e outros motivos não es tu? Quando isso te faz sentir inferior e ainda gostas menos de ti?
Tantas palavras e nenhuma me sai direito. Tudo o que quero expressar de maneira correta não sai, apenas palavras fictícias para verdadeiros significados…
Até que certo ponto a nossa mente é capaz de trair? Até que ponto conseguimos sentir alguém diferente no nosso corpo. Um corpo duma alma diferente .. Dói tanto, aquela dor que tu não sabes ao certo de onde vem, mas que dói, dói saber que é grande, dói saber que vem de nós.. Quando existem misturas, de raiva, dor, tristeza, mágoa,  e tu não sabes como a exprimir, em que tudo se transforma numa nuvem gigante e tu só queres que tudo isso passe. Em que tu pensas que todos são melhores que tu. Só queres que a dor saia de ti, só queres ser quem tu és, minutos antes de te veres … Queres sentir-te de novo com confiança, queres sentir-te feliz, queres sentir que es realmente tu que vez no espelho. Queres voltar aqueles sorrisos e deixar para lá todas as lágrimas por saberes que ninguém te compreende.  Mas queres chorar, queres gritar de alivio e de certa maneira acabas por te tornares em algo que não es, acabas por fazer algo que não queres, mas que no momento é a tua salvação, a tua única solução, e que nesses segundos te faz sentir melhor, te alivia a dor.
Para toda a dor existe uma cura. Mas existem dores que não acabam, e quanto mais “baixa” te sentires, maior ela será.  Existem pessoas que se calam, outras que falam. Eu escrevo, pois só assim são exprimidos de uma certa forma metade do que se sente.

Desabafos incompreendidos, quebras de confiança, momentos de tristeza. O que a tua mente pensa, o teu olho vê, o que tu queres ser, nem sempre o és, e o sorriso que sempre mostras, nem sempre é sinonimo de confiança