Tenho saudades daquelas belas tardes de verão, daqueles dias
reluzentes de luz, tenho saudades de poder sonhar até tarde, de poder ver o
raiar do dia e o chegar da noite. Tenho saudades de não pensar em nada, de
poder vestir as mais pequenas calças, de dar um toque de bronze à pele.
Saudades de a minha maior preocupação ser “onde irei hoje” e não “será que vou
chegar a tarde”. Tenho saudades de a única indecisão ser gelado de baunilha ou
morango, em vez de ser “estudo hoje ou amanha?”. Saudades porque não, de ver
gente de todas as culturas na praia, de apreciar todos os tipos de bronze.
Saudades também de não ter horas de chegar a casa, de poder sair no
fim-de-semana sem me preocupar com o teste de segunda. Saudades de não ter a
preocupação do frio que vai fazer ou da chuva que vai ocorrer. Saudades porque
é no verão que tudo e mais alguma coisa inesperada acontece, e mesmo assim é na
saudade do verão que existem as maiores lembranças e os maiores
acontecimentos. São 3 meses, quase, de
férias, de verão, de praia, de piscinas, de saídas. São 3 meses que num abrir e
fechar de olhos puf já acabaram.